A ideia de comprar um apartamento na planta assusta muita gente, mas a verdade é que esse pode ser um excelente negócio, se considerarmos a série de vantagens que ele apresenta quando comparado à compra de um imóvel pronto.
Como toda transação comercial de imóvel, a aquisição na planta também envolve alguns riscos e, quanto mais informações você tiver a respeito do assunto, mais atraente e promissor o negócio se torna.
Confira o material que preparamos sobre o tema e defina qual é a melhor opção para o seu investimento: comprar apartamento de praia pronto ou na planta!
Por que comprar imóvel de praia na planta?
Dentre vários outros motivos, o principal benefício de comprar um apartamento na planta é a redução significativa do custo da aquisição se comparado ao custo de um imóvel pronto na mesma região.
A lógica é bastante simples: para a construtora, dar prosseguimento à obra quando todos os apartamentos ou parte deles já está vendida, é bem mais seguro do que arcar com todo o custo da construção e só ter um retorno financeiro futuro e incerto.
Ou seja, aqui já temos a primeira dica para diminuir riscos nesse tipo de aquisição: conhecer o sucesso do novo empreendimento, a demanda que existe sobre ele e a quantidade de apartamentos já vendidos.
Em se tratando de apartamento na praia, por exemplo, as vantagens são ainda maiores. Geralmente, esse tipo de imóvel não possui finalidade de moradia principal, mas de ser uma casa de veraneio, para uso próprio ou para locação, seja anual ou por temporada.
Uma vez que o imóvel de praia tem a função de entretenimento e, portanto, não há uma urgência em receber as chaves (diferentemente dos casos em que o imóvel atende a função de residência), é possível fazer uma aquisição a um custo consideravelmente mais baixo, cujo retorno é certo.
Como funciona a compra de apartamento na planta?
Geralmente, a forma mais usada é o pagamento de um sinal que, quanto maior for, melhor para a saúde do financiamento. Esse pagamento, diferentemente da compra de imóvel pronto — na qual o sinal apenas garante que a compra será realizada —, já corresponde à aquisição em si.
Uma vez paga a quantia, o comprador recebe dois documentos. O primeiro denomina-se Compromisso Particular de Compra e Venda e é responsável por transferir os direitos sobre o imóvel ao comprador, com respaldo legal para exigência da transferência do imóvel.
O segundo documento comprova a permissão para execução da obra pelos órgãos públicos responsáveis, além de especificar informações como materiais a serem usados, metragens, planta e demais facilidades que compõem a estrutura do imóvel. A esse documento dá-se o nome de Memorial Descritivo Registrado.
Quando o cliente recebe efetivamente o apartamento é que se dá o início do financiamento — sobre esse ponto temos mais uma dica: não deixe para verificar a aprovação do financiamento no ato da entrega do imóvel!
Aliás, é bem mais seguro sondar essa possibilidade antes de pagar o sinal porque, se por alguma razão você não conseguir o financiamento, não corre o risco de perder dinheiro.
Além disso, é importante verificar com antecedência qual é o banco responsável por custear as obras porque em algumas situações existem taxas de migração de financiamento, caso seu investimento seja realizado por outro banco. Não se trata de uma política correta, mas ela existe e é bom ficar atento.
O que é preciso saber sobre incidência de taxas?
No prazo que corre entre a entrada que você pagou e o início do financiamento não existe incidência de taxas, mas o valor do imóvel é corrigido de acordo com o Índice Nacional de Custos da Construção — INCC.
Prevenir-se, portanto, em relação a esse ajuste é fundamental para evitar surpresas indesejadas. Para ter uma noção antecipada do valor a ser acrescido, faça uma pesquisa do reajuste dessa taxa nos últimos anos.
Após finalizada, a obra recebe um documento de aprovação da prefeitura denominado Habite-se e a mudança de status que ele representa (de construção para imóvel pronto) altera também a taxa de reajuste.
A taxa utilizada, de forma geral, é o Índice Geral de Preços de Mercado, o IGP-M, mas algumas incorporadoras se utilizam também de taxas como:
- IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo;
- CUB: Custo Unitário Básico de Construção;
- SELIC: Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.
Outros gastos também devem ser considerados como o custo para registro da escritura e a Parcela de Conclusão da Obra, também conhecida como “tarifa de entrega das chaves”.
Procure informar-se sobre todos esses custos e já reserve um capital para cobri-los. Caso a negociação esteja sendo feita por meio de uma imobiliária, você poderá ficar bastante tranquilo quanto a isso, uma vez que uma das funções dela é deixá-lo ciente de todas as etapas do processo.
O que preciso saber sobre atrasos nas obras?
Quando se compra um apartamento na planta é preciso ter em mente que obras são antecipadas ou atrasadas e, na maioria dos casos, ocorre a segunda situação. Isso é tão natural que os contratos, no geral, já possuem essa previsão em suas cláusulas.
Vale lembrar que atrasos na entrega superiores a 6 meses acarretam automaticamente em incidência de multa para a construtora, cujo valor é acordado entre as partes. Também é importante ressaltar que se o comprador quiser desistir da compra do imóvel em função do atraso na entrega, caso aconteça, ele poderá pleitear na justiça 100% do valor já pago.
Como evitar problemas ao comprar apartamento na planta?
Se possíveis atrasos na entrega representam um problema para você, considere pesquisar bastante o histórico da construtora antes de fechar negócio. Saiba quantos e quais imóveis ela entregou nos últimos anos e busque se informar com compradores se a entrega atrasou ou se o prazo foi cumprido.
Consulte também empresas como Procon, Proteste, Ibedec e Reclame Aqui para conhecer melhor esse histórico. Uma outra forma de evitar esse problema (e vários outros, por falta de experiência) é fazer toda a negociação por meio de uma imobiliária de confiança — confira nossas dicas para escolher a imobiliária certa!
Diferente das construtoras cuja função é construir, o papel das imobiliárias é orientar o comprador a fazer a aquisição que melhor se enquadrar nas suas expectativas e condições financeiras, por meio dos seus corretores. Aliás, você sabe como funciona o trabalho desse profissional?
Muita gente acredita que fazer o contrato diretamente com a construtora é financeiramente mais benéfico, uma vez que acredita estar se eximindo das taxas de comissão e obtendo algum desconto extra. No entanto, vale dizer que o custo da comissão ou dos honorários de intermediação imobiliária já está embutido no preço final a ser pago pelo imóvel. Então as chances de redução de valor por meio da não contratação do serviço é uma ilusão.
As vantagens de se fazer a transação de compra de apartamento na planta intermediada por uma imobiliária não acabam por aqui. Essas empresas já conhecem o funcionamento do mercado imobiliário e sabem quais são as construtoras sérias e de confiança, além de possuírem mais habilidade de negociação e contar com uma equipe de profissionais capacitados para solucionar eventuais problemas, inclusive jurídicos.
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